33ª EDIÇÃO
A cantora Marcelle Terra leva para o palco do Bar Valentino um show carregado de emoções e costurado pelas lembranças de família e de vida. Há 33 anos, o projeto Viva Elis homenageia uma das maiores intérpretes da música popular brasileira.
Em 2018, Marcelle Terra estava na plateia do Viva Elis e, diante do que via e ouvia no palco do Bar Valentino, decidiu que faria do canto a sua expressão artística. Foi estudar, fez aulas de canto e piano, encarou rodas de samba e montou até um show para a estreia que acabou acontecendo durante a pandemia, uma live para os pacientes do seu projeto de doutorado na UEL. Nada iria parar aquela vontade que nascia ali, naquela noite, com o repertório de Elis Regina entoado por muitas vozes e, entre elas, uma ainda mais importante: da sua própria mãe, talvez uma das maiores fãs que a atração do segundo show do Viva Elis 2025 conhece. A cantora Marcelle Terra deixa de lado o uniforme de fisioterapeuta e sobe no palco do Bar Valentino na quinta (16), a partir das 20h30, para dar a sua voz a canções da Pimentinha carregadas de sentimento, sem medo do mergulho profundo nas águas mais tormentosas, misturando suas próprias lembranças de infância com temas que marcaram momentos da sua vida e de muitos outros fãs de Elis. Os ingressos limitados para o show já estão à venda, custam R$30,00 e podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.
Um show diferente e que promete surpreender os fãs de Elis e quem já acompanha o virtuosismo vocal de Fonseca, formado em música pela UEL e com pós-graduação em canto lírico pela mesma instituição. Partindo do Transversal do Tempo (1978), sexto álbum ao vivo de Elis Regina, Fabrício Fonseca e banda levam para o palco do Bar Valentino uma Elis mais distante do samba e bossa nova e mais roqueira e regional, com nítidas influências da música dos mineiros do Clube da Esquina e Renato Teixeira, em arranjos novos e autorais. Dividido em duas partes, o show traz o veneno das guitarras e a doçura da viola caipira, em um set todo acústico. Uma dualidade também presente na própria história de vida e de discos de Elis Regina. “Focamos o repertório no nosso próprio estilo e na nossa linguagem que é o rock. A vibe da interpretação recai quando ela canta mais rasgado, forte, quase gritando afinadamente. Isso sempre me pegou porque, apesar de ela ser considerada uma grande voz da MPB, para mim sempre teve uma veia rock, uma interpretação selvagem. Elis impressiona pela capacidade de transitar entre os mais variados estilos musicais, tanto na parte vocal quanto instrumental”, comenta Fonseca, acompanhado no show que acontece na quinta (09) por Diogo Oliveira, na guitarra e viola caipira, Marcos Kirchheim no baixo e violão e Leonardo Cacione, na bateria.As músicas do set acompanham Marcelle desde a infância, quando a voz de Elis Regina já fazia companhia para a sua mãe. “Uma que vou fazer é muito especial - ‘Dois Pra Lá, Dois Pra Cá’, a preferida dela. Outras também são muito afetivas para mim, como Canção da América, que é sentimentalmente forte. Mudei mais de 10 vezes de cidade por causa do trabalho do meu pai e toda vez, tinha que me despedir de amigos. Eu tinha sete, oito anos de idade e chorava ouvindo e pensando na despedida dos amigos, a música já me atravessava dessa forma, tão profundamente. Tentei montar um repertório que seguisse uma conversa, uma coerência com o que eu sou também”, comenta. Marcelle ainda destaca as músicas gravadas por Elis Regina que falam de um sentimento de brejeirice, da música caipira e daquela sensação de pertencimento que desperta em todo mundo que escuta ‘Romaria’. Samba, o gênero musical escolhido por Marcelle Terra como seu, também não poderia faltar: “Elis é uma cantora excepcional de samba e vou fazer alguns deles, até para eu poder passear dentro do repertório pelas coisas que me movem hoje, como cantora”. O show de Marcelle Terra no Viva Elis 2025 conta com a direção artística e preparação vocal de Paulo Vitor Poloni. Acompanham a cantora uma super banda formada por Baby Campelo no violão e guitarra, Fabrício Martins nos teclados, João Rissi na bateria e Gabriel Zara no contrabaixo e a assinatura para a direção musical. Participação especial do cantor Gustavo Chagas e de Wellington Filho, marido de Marcelle, no cavaco.
Há 33 anos o projeto Viva Elis toma conta dos meses de janeiro do Bar Valentino, numa homenagem a uma das maiores intérpretes da música popular brasileira através de shows com artistas locais e um público sempre cativo, que lota o salão do bar para cantar junto com os convidados o repertório da artista. Os shows do Viva Elis seguem com Bruno Bonafini no dia 23 e Raquel Palma no dia 30.
Abertura da casa: 19h30
Show a partir das 20h30
Ingressos: R$ 30,00 - Sympla
*Espaço sujeito a lotação. Sem reserva de mesas.
Bar Valentino
R. Pref. Faria Lima, 486 - Londrina (PR)
Fone: (43) 3348-0791
O Bar Valentino sempre esteve ligado à arte e à cultura. Seu fundador, Prof. Theodoro, era fascinado pelos mitos do cinema, entre eles, Rodolfo Valentino, galã do cinema mudo de Hollywood, que dá nome ao bar e inspira a logomarca. Outros astros, como Humphrey Bogart, Marilyn Monroe, Rita Hayworth, povoam as paredes e batizam os sanduiches do cardápio.
Desde o início, estudantes, jornalistas, músicos, artistas plásticos e atores fizeram do Valentino seu reduto. Nos anos 80 o bar adquiriu um ar de pub, começaram a ser encenadas as primeiras peças escritas especialmente para seu palco. Nessa época foi introduzido o macarrão no cardápio, originando a tradição de um prato de spaguetti " bolopanna " pra fechar a noitada.
Do final dos anos 80 ao presente, o Valentino se firmou como parceiro inseparável dos festivais de música, teatro e blues. Apresenta eventos nas grades oficiais, nas mostras paralelas, apoia, promove e divulga os eventos. Mantemos uma agenda mensal de exposições na vitrine a fim de divulgar os talentos regionais nas artes plásticas, gráficas e design.
Temos ainda uma agenda de shows que mostram o talento de nossos músicos, atores, poetas e escritores e dançarinos. Agenda concorrida, feita com bastante antecedência, realiza seis eventos semanais (no mínimo vinte quatro espetáculos diferentes ao mês) entre discotecagem, shows ao vivo - com repertório bem variado – teatro, dança, bazar e feira de arte.
Pelos palcos do Valentino já passaram grupos internacionais, como o Taller de Artes de Medellín (Colômbia), Odin Teatret (Dinamarca), Scalla Revue Fantasia (Grã-Bretanha), artistas nacionais, como Itamar Assumpção, Edvaldo Santana, Paulo Leminski, Ademir Assunção, Roberto Freire, Mario Bortolotto, Mauricio Arruda, Rodrigo G. Lopes, Arrigo Barnabé, Maria Alcina, Cida Moreyra.
Grupos de Teatro e Dança estreiam anualmente seus espetáculos no Valentino. Para cantores e bandas da cidade e região, as estreias ou lançamentos de CD no Valentino são pontos de honra. Pelas mesas e balcões do Valentino já passou e passa muita gente daqui dali, não se sabe de onde. Gente de perto, de longe, que deixa sua marca e faz a história do bar desde 1979.
